quinta-feira, dezembro 27, 2012

Iniciativa e talento


Marcelo Lopes é hoje um dos artistas plásticos rio-pretenses que mais produz e participa de eventos da área, assim como Maria Helena Curti, Eliara Bevilacqua, Orlando Fuzinelli, Daniel Firmino, Rodrigo Silva, Norma Vilar, entre outros. Felizmente, Rio Preto tem um produção artística muito boa e renomada, começando com o primitivsta José Antônio Silva. Dentro do estilo contemporâneo, Marcelo acredita que ter sucesso de público e crítica se resume em "dar a cara a tapa" e ter real noção da responsabilidade do que se está desenvolvendo. Conheça um pouco mais sobre o artista.

Parcerias do Bem - Como podemos definir artes na pós-modernidade, e o que é sucesso de público e de "crítica"?
Marcelo Lopes - O pós-modernismo é definido como características de natureza sócio-cultural e estética, que marcam o capitalismo da era contemporânea, o que no campo estético significou o fim de uma tradição de mudança e ruptura, o apagamento da fronteira entre alta cultura e da cultura de massa e a prática da apropriação e da citação de obras do passado. Esta expressão pode designar todas as profundas modificações que se desenrolam nas esferas artísticas, cultural e social dos anos 50 até os dias atuais. Gosto muito do modo como vem se desenvolvendo. O sucesso de público e crítica se resume em "dar a cara a tapa" cada vez que eu estiver trabalhando em um projeto e souber o "peso" que terá. Fico louco! Na maioria das vezes, tenho êxito, mas trabalho muito a minha cabeça para filtrar o que devo e o que não devo fazer para melhorar. Tenho um segredo, que não vai ser mais segredo: dou ouvido ao que vale realmente a pena!

PB - Como você começou sua carreira artística e qual sua principal técnica (fase) atualmente?
Marcelo - Comecei a minha carreira "brincando" de aulas de pintura, fui entrando em contato com artistas que eu admirava,e com pessoas que me ajudaram a chegar mais perto do que eu nem sabia que tinha condições de alcançar. Depois de uma exposição no Rio Preto Automóvel Clube, onde vendi 16 telas para um colecionador, dei-me conta de que ou ele era louco ou eu tinha mesmo que seguir essa profissão... Resolvi estudar e ainda estudo muito. Acho que estou um pouco depois do começo.

PB - Fale a respeito do trabalho social que desenvolve no seu ateliê.
Marcelo - Desde a faculdade sempre me interessei pela inclusão social, mas a partir do momento em que comecei a ter pessoas especiais como alunos foi que descobri o quanto isso vale a pena. Com toda a experiência de ter um aluno e ministrar aulas para especiais e melhor idade, tive que descobrir muita coisa sozinho, e também conto a ajuda da minha esposa que é terapeuta ocupacional e atua nesta área. Tenho turmas ótimas e me sinto super satisfeitos com eles.

PB - Temos vários artistas plásticos renomados em Rio Preto, desde o Silva (José Antônio da Silva) a artistas atuais. Quem são suas referências nas artes plásticas?
Marcelo - Tenho admiração por vários artistas. Citando os rio-pretenses, não posso deixar de mencionar os irmãos Malagoli, Antônio Portella, Alcides Rozani, Caio Carvalho e os atuais, como Valdenir do Bonfim e Sebastião Rodrigues. Gosto também dos primitivistas, como Orlando Fuzineli e Daniel Firmino

Nenhum comentário: